Grande comício em Coimbra

<font color=0093dd>O voto útil é na CDU</font>

O salão do Centro Recreativo do Bairro Norton de Matos, em Coimbra, foi pequeno para os cerca de quinhentos militantes, simpatizantes da CDU e populares que participaram no comício da CDU, na noite de quinta-feira.
Depois do concerto de Vitorino, José Pacheco, membro do Conselho Nacional d’«Os Verdes», acusou os governos do PS e PSD de destruírem o tecido produtivo português, lembrando que «o PS de
Guterres ainda privatizou mais que o PSD de Cavaco», responsabilizando estes partidos pela ruína da agricultura e das pescas, pelo declínio da indústria, pelos danos no ambiente e nas florestas. José Pacheco apelou ainda a uma mudança à esquerda, lembrando que tal depende do reforço da CDU.
Mário Nogueira, cabeça de lista por Coimbra, começou por demonstrar a grande campanha da CDU, patente no número de pessoas presentes no comício e nas expressões de apoio popular durante a campanha. Referindo os graves problemas do distrito, afirmou que «são os que mais trabalham que sofrem com as políticas gravosas do PSD, CDS e PS» para lembrar que o PSD votou contra e o PS absteve-se nas propostas da coligação para o desenvolvimento do distrito, pelo que «é preciso é deputados da CDU».
Mário Nogueira afirmou que só a CDU defenderá bem Coimbra, pois é a única que conhece os problemas e tem soluções. Recordando, com humor e aplausos, a discussão
sobre os hotéis da cidade dos candidatos do PS, PSD e CDS, defendeu que «o voto útil é na CDU, porque a coligação elege um deputado que não é da direita, que previne a maioria absoluta do PS, embora esteja a seu lado para políticas de esquerda».

Apostar nos portugueses

Jerónimo de Sousa começou por fazer o balanço das políticas de direita: a destruição do aparelho produtivo e a submissão ao liberalismo e ao pacto de estabilidade, as privatizações, as falências na indústria, o desemprego e a dependência
do sector terciário. Declarando que «a ruptura com tais políticas é um imperativo nacional», o secretário-geral do PCP acentuou a necessidade de novas políticas, que incentivem «o investimento na agricultura, nas pescas e na indústria», que aposte na educação e na formação e valorize os trabalhadores.
Jerónimo demonstrou semelhanças entre o PS e o PSD, do Código do Trabalho ao aumento da idade de reforma, acusando o PS de ter também responsabilidades «na
privatização dos sistemas públicos de segurança social, da saúde e do ensino». Isto para defender novas políticas, como o reforço do Serviço Nacional de Saúde e a defesa do ensino público, «nomeadamente a abolição das propinas». Não deixando de parte a questão da co-incineração, considerou-a uma opção «ditada por interesses económicos», favorecendo cimenteiras que «vêm funcionando ao arrepio de normas ambientais e com impactos muito negativos».
Afirmando que a mudança está nas mãos de cada um, Jerónimo de Sousa afirmou que «o voto na CDU é a melhor escolha para fortalecer uma esquerda a sério, a esquerda mais coerente e combativa», «para um virar de página nas políticas de direita», o voto «numa esquerda a sério».

Alfredo Campos

Faro
Sempre ao lado das populações

Dia 9 foi a vez do Algarve receber a visita do secretário-geral do PCP, que tem percorrido todos os distritos e regiões do País, para que ninguém fique sem a confiança da possibilidade de uma real mudança de que a CDU é portadora. Na caminhada pelas ruas da capital algarvia, contactando com as populações, Jerónimo de Sousa e os candidatos da CDU pelo distrito, foram acompanhados por mais de uma centena de apoiantes, ao mesmo tempo que se realizava uma iniciativa própria da Juventude CDU.
Depois, seguiu-se o jantar, no qual participaram mais de três centenas de pessoas. Era gente a mais para o espaço, mas tudo se arranjou e ninguém ficou sem lugar ou sem comer... Antes da intervenção de Jerónimo de Sousa, passou pela tribuna Margarida Tengarrinha, a mandatária regional, Vanessa André, pela Juventude CDU e segunda da lista, e o primeiro candidato, Virgílio Nereu.
Afirmando que «à medida que o tempo passa e nos aproximamos do final da campanha eleitoral cresce em nós a convicção de que a direita tem como certa a derrota no próximo dia 20 de Fevereiro», Jerónimo de Sousa lembrou que PS, CDS e PSD estão habituados a não cumprir o que prometem e «até, imagine-se, a reclamarem direitos de autor sobre velhíssimos projectos e aspirações das populações do Algarve, como seja o caso do Hospital Central ou a Barragem de Odelouca».
Acusando estes partidos de se lembrarem agora das populações algarvias, o secretário-geral comunista deu um exemplo: «Andaram anos e anos, uns e outros, a prometer melhorar os serviços de saúde, mas aqueles que mais dependem dos serviços públicos para concretizar o seu direito à saúde, viram a sua situação piorar.» E alertou para as propostas do PS em relação a este sector. Relativamente aos Hospitais SA, o dirigente comunista considera-as elucidativas. «Dizem-nos que a única alteração que propõem em relação a esta matéria é a sua transformação em empresas públicas», o que, em sua opinião se trata de uma proposta «de mudar alguma coisa para que fique tudo na mesma».
Sobre a questão da água, Jerónimo de Sousa lembra que a sua gestão tem sido, nos últimos anos, «sujeita a uma forte pressão para a sua liberalização, desregulamentação e privatização». A água, sublinhou, não é um produto comercial. Antes representa «um bem que ninguém pode dispensar ou dela se ser excluída em função dos seus rendimentos».
«Em Portugal» – lembrou – «desde há uma década que está em curso uma estratégia destinada a favorecer a penetração do capital privado neste sector», acusou Jerónimo de Sousa, lembrando que este «negócio» pode render por ano cerca de 500 milhões de contos. E lembrou depois o conjunto de decisões tendentes à privatização da água desde o início dos anos 90, envolvendo os governos PSD de Cavaco Silva, mas também do PS e do então ministro do ambiente José Sócrates.

>Comício em Espinho
Transbordando confiança

O auditório da Junta de Freguesia de Espinho foi pequeno para acolher as centenas de activistas e simpatizantes da CDU que quiseram participar no comício que encerrou a passagem de Jerónimo de Sousa pelo distrito de Aveiro, participando na campanha eleitoral da CDU.
«A CDU avança com toda a confiança», palavra de ordem que se destacou de entre as várias entoadas nesta iniciativa, já tinha sido agitada pelos participantes na arruada que percorreu a Rua 19, uma das mais representativas do comércio tradicional daquela cidade, durante a qual Jerónimo de Sousa, Ilda Figueiredo, cabeça de lista por Aveiro, e outros candidatos distribuíram informação e cumprimentaram transeuntes e comerciantes.
Foi essa palavra de ordem que pontuou as várias intervenções do comício da noite, proferidas sucessivamente por Antero Resende, da direcção do PEV e candidato por Aveiro, Ilda Figueiredo e do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
Ilda Figueiredo referindo-se ao intenso trabalho da campanha eleitoral, durante a qual já tinham sido contactados, olhos nos olhos, por ela ou por outros candidatos e activistas, largas dezenas de milhar de eleitores do distrito de Aveiro, destacou o profundo descontentamento existente face aos resultados das políticas de direita, designadamente na área do emprego.
Este descontentamento é acompanhado pelo reconhecimento da importância que pode vir a ter a eleição de uma deputada pela CDU em Aveiro para um melhor acompanhamento, denúncia e intervenção relativamente aos problemas dos trabalhadores e da população desta região, dando nova dimensão ao trabalho já hoje desenvolvido pelas forças políticas que integram a coligação, com destaque para o PCP.
Ilda Figueiredo, após sublinhar o facto de ser, de entre as principais forças políticas, a única com efectiva ligação ao distrito, denunciou a falta de comparência dos cabeças de lista do PS e do CDS-PP, quer aos debates já realizados quer à própria campanha eleitoral no terreno, o primeiro por manifesto desconhecimento da realidade distrital e o segundo para não ser confrontado com medidas por si tomadas.




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